Fisiologicamente, o nosso intestino possui diversas funções, dentre elas está a de barreira contra antígenos e patógenos nocivos à saúde humana. Para manter sua integridade, realizar sua manutenção é essencial para o correto funcionamento do sistema imunológico, e esse processo depende das interações entre as células presentes no intestino, que devem estar aderidas umas às outras. Alimentos como a mozzarella e ricota de búfala contribuem com essa relação entre a integridade intestinal e o sistema imunológico nos gerando uma sensação de bem-estar. ⁴

Entretanto, esse bem-estar nem sempre é alcançado devido a fatores do nosso cotidiano, como estresse, inflamação, poluição ambiental, medicamentos, radiação, alimentos manipulados e/ou inadequados que contêm pesticidas e antibióticos, entre outros. Com isso, há a produção de radicais livres, que em excesso levam ao estresse oxidativo, que podem degradar estruturas essenciais no funcionamento das células. O objetivo dessa investigação se concentra na identificação de agentes antioxidantes naturais que podem desencadear ações na integridade das células do intestino prejudicadas por essas causas externas e/ou internas. ^4,6

De que maneira a integridade da barreira do intestino é prejudicada?

Essas causas são responsáveis por alterar a textura da parede intestinal, com isso, suas células ficam menos aderidas, criando passagens maiores do que o esperado. Como consequência, as moléculas de alimentos que não foram processadas ou as destinadas à eliminação por serem inadequadas ao fluxo sanguíneo ultrapassam essa barreira feita pelas células e passam para a circulação. ⁴

Acontece que quando as células do sistema imunológico vão de encontro a essas moléculas indesejadas na circulação são desencadeadas respostas que podem causar inflamações, intolerâncias, alergias e até doenças autoimunes, enfraquecendo o nosso organismo. ⁴

Ações positivas dos peptídeos presentes nos laticínios de búfala

Um estudo publicado em 2019 na revista internacional Nutrients explica como um peptídeo presente na mozzarella de búfala é capaz de ser anti-inflamatório, ajudando na restauração da integridade da barreira intestinal, reduzindo a permeabilidade e a inflamação crônica. ^4,5

Outro estudo publicado em 2018 no International Journal of Molecular Science analisou 6 produtos lácteos de búfala com foco nos peptídeos liberados durante a digestão desses produtos. Demonstrou-se que esses ativos contribuem na redução do estresse oxidativo pela abundância de beta-lactoglobulina (com foco para a ricota), proteína do soro do leite, que apresenta um alto potencial antioxidante e nutricional. ^1,2,3,4

Com esses resultados, observa-se que os laticínios de búfala, como a mozzarella e a ricota da Levitare, podem beneficiar a integridade da barreira intestinal, o sistema imunológico e diminuir processos inflamatórios devido à ação antioxidante de seus peptídeos contribuindo com o nosso bem-estar e qualidade de vida no cotidiano.

REFERÊNCIAS:

1. BASILICATA, M. G.; PEPE, G.; ADESSO, S.; OSTACOLO, C.; SALA, M.; SOMMELLA, E.; SCALA, M. C.; MESSORE, A.; AUTORE, G.; MARZOCCO, S. Antioxidant Properties of Buffalo-Milk Dairy Products: a β-lg peptide released after gastrointestinal digestion of buffalo ricotta cheese reduces oxidative stress in intestinal epithelial cells. International Journal Of Molecular Sciences, [S.L.], v. 19, n. 7, p. 1955-22, 4 jul. 2018. MDPI AG. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/29973491/. Acesso em: 18/12/2024.
2. CONCEIÇÃO, A. R. da. EFEITOS DO CONCENTRADO PROTEICO DE SORO DE LEITE ADICIONADO DE CURCUMINA NO CONTROLE METABÓLICO, INFLAMAÇÃO E ESTRESSE OXIDATIVO EM RATOS WISTAR SUBMETIDOS A EXERCÍCIO EXAUSTIVO. Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2020. Disponível em: https://locus.ufv.br/server/api/core/bitstreams/f84efbf8-be62-4b15-b82d-0a7f618b4c73/content. Acesso em: 20/12/2024.
3. SILVA, Guilherme Mendes da. Processo integrado para fracionamento das proteínas α-lactoalbumina e β- lactoglobulina do soro de leite. 2017. 115f. Dissertação (Mestrado em Ciência e Tecnologia de Alimentos) – Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2017. Disponível em: https://locus.ufv.br/items/e5dbb02c-4ebc-44d7-97cd-9a56f12bf0b7. Acesso em: 20/12/2024.
4. Spinosa, 2020. Disponível em: https://www.spinosaspa.com/2020/06/25/mozzarella-e-ricotta-di-bufala-proprieta-e-perche-alternarle/. Acesso em: 19/12/2024.
5. TENORE, G. C.; PAGANO, E.; LAMA, S.; VANACORE, D.; MARO, S. di; MAISTO, M.; CAPASSO, R.; MERLINO, F.; BORRELLI, F.; STIUSO, P. Intestinal Anti-Inflammatory Effect of a Peptide Derived from Gastrointestinal Digestion of Buffalo (Bubalus bubalis) Mozzarella Cheese. Nutrients, [S.L.], v. 11, n. 3, p. 610, 13 mar. 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30871183/. Acesso em: 18/12/2024.
6. VELLOSA, J. C. R.; BIAVATTI, M.; FRANÇÓIA, P. C. O.; MELLO, B. J. de; ALMEIDA, A. C. de; BUENO, G. E. ESTRESSE OXIDATIVO: uma introdução ao estado da arte / oxidative stress. Brazilian Journal Of Development, [S.L.], v. 7, n. 1, p. 10152-10168, 2021. Brazilian Journal of Development. Disponível em: https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BRJD/article/view/23823. Acesso em: 19/12/2024.